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terça-feira, 28 de abril de 2015

EXU RECEBE OFERENDAS NAS ENCRUZILHADAS DE RUAS?



EXU RECEBE OFERENDAS NAS ENCRUZILHADAS DE RUAS?

Cícero: - É surpreendente, meu “velho”, o que acabas de elucidar sobre a Quimbanda. Não te interrompi uma vez, dado o excepcional interesse com que te ouvia, nessas discriminações. Além de ter notado que as oferendas diferem bastante das usuais ou dos “despachos ou ebós” tão falados, tenho ainda a perguntar por que nas características de cada Exu guardião, frisas que ele não recebe essas oferendas ou qualquer outra, nas encruzilhadas de ruas?

Preto-velho: - Este “preto-véio” vai responder: - essas encruzilhadas de ruas, além de serem impróprias para qualquer operação positiva, dado que a maioria das pessoas que as encontram olham para essas coisas com vibrações negativas de toda sorte, assim como desprezo, deboches, medo, aversões, etc., e muitas mesmo as pisam, outras tiram materiais, etc. Com isso, estão, naturalmente, quebrando o encanto que porventura pudesse existir nelas.
Por outro lado, não podem servir para as operações necessárias e positivas com os Exus, porque essas encruzilhadas de rua são mais “moradia” ou “habitat” dos espíritos classificados ou conhecidos com os “rabos de encruza” e de toda sorte de espíritos vadios, almas penadas ou aflitas de toda espécie de que vivem indo sempre na lábia desses quiumbas velhacos e trapalhões, que procuram envolvê-los de todas as maneiras e para todos os fins...
De forma que um desses tais “despachos ou ebós”, ali postos se torna um perigo, mais para os que botam, porque, via de regra, não obedecem à direção de um Exu e muito menos de um caboclo ou preto-velho, etc. Esses filhos que despacham nas encruzilhadas de ruas não sabem que estão alimentando essas classes de espíritos, que imediatamente os cercam, envolvem, etc., para não perderem mais o fornecimento das coisas de que eles gostam. Em realidade, eles passam mais a atuar nos que botam os “despachos”, do que naqueles para quem, eventualmente, são dirigidos. Então, pobres desses filhos que vivem alimentando as “encruzilhadas” de rua...

Por que, oh! “zi-cerô” é preciso que se diga: - esses quiumbas – espíritos viciados – não largam suas presas facilmente. Não querem perder a fonte de seus gozos, prazeres e sensações várias. Como entender isso diretamente? Vou dar-te um exemplo: - um indivíduo é viciado num entorpecente qualquer e um outro – aquele que fornece – é a fonte, em torno da qual ele gira constantemente, atrás de satisfazer o seu vício. No dia em que essa fonte não fornecer, ele se desespera e se torna capaz de tudo...,até de matar. Isso está em relação com o caso dos aparelhos dominados por esses quiumbas... ,e com os que botam “despachos” nas encruzilhadas de rua.

“Zi-cerô”, quem gosta mesmo de pipoca, farofa, dendê, fita preta e amarela, sangue, carnes diversas e outras coisas mais, não é propriamente o Exu guardião.
Quem “come” ou quem faz tudo para se saciar nas encarnações desses “despachos” são os espíritos do “reino da quiumbanda”.
“Zi-cerô”,quem “baixa” dando gargalhadas histéricas, grosseiras, fazendo contorções tremendas, jogando o aparelho de joelhos, com o tórax para trás, cheio de esgares e mãos tortas de forma espetacular, dizendo nomes feios e imorais, etc., não são os Exus de lei – os batizados, os cabeças de legião! São os velhacos Quiumbas, que, nessa altura, já envolveram o infeliz médium que, por certo, criou condições para que eles entrassem na sua faixa neuropsíquicomediúnica. Já estão “amarrados” nas garras deles... Como vai ser difícil a libertação.

Fonte: Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de um Preto Velho. W.W. DA Matta e Silva

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